sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

História de uma Vida





4ºCapitulo

No meio de tanta anciadade o dia de lhe dar o sim chegou, e a partir daí o namoro era verdadeiro, agora a pouco e pouco eu ía relaxando e tendo a certeza que desta vez tudo era sincero e puro.
Foram tempos inesqueciveis onde havia responsabilidade, gostos iguais, estudos e trabalhos divididos, gargalhadas, e nem as férias eram problema pois arrajavamos maneira de nos ver.
A coisa começou a ficar cinza quando a minha mãe descobriu, não ficou chateada por namorar mas sim com quem namorava, sem perceber o porquê lá se arranjava maneira para sair e depois tínhamos a escola, portanto não havia problema, pensava eu, mas enganei-me, começaram as ameaças e as tareias por parte de minha mãe.
Como a minha mãe não se resolvia a perceber que eu deveria namorar quem gostava, eu arranjei outro namoro dos gostos de minha mãe, mais velho que eu e já trabalhava.
Assim com namorado trabalhador e ao gosto eu teria o terreno livre para namorar realmente quem me agradava,assim se passou muito tempo...até que um dia fui apanhada pelo namorado oficial que me viu a caminho de casa de mão dada com o F pois o V trabalhava na baixa e vinha almoçar a casa e o eléctrico tinha um troço que apanhava a Calçada da Tapada e foi aí que ele nos viu ,curioso é o local onde hoje habito.
A partir desse dia escusado será dizer que não apanhei mais porque o meu pai apareceu e o V foi com os "porcos" e quanto ao F era quase tolerância zero, mesmo assim lá conseguia-mos umas saídas, mas com estas escondidas, e mentiras pelo meio, sei que houve uma pequena zanga houve novas amizades ,novas turmas e eu estou com quinze anos e por tanta pressão e falta de apoio cometi a primeira grande argolada da minha vida, como um tempo depois a minha mãe descobriu ,quis que eu casasse , quando no fundo eu deveria era ter uma conversa de mãe e filha.
Naquela altura digo sinceramente pensei vai ser a minha independência, como me enganei, pois era uma estudante que teve que abandonar os estudos porque nos entretanto casou, engravidou,teve que continuar a viver com um marido na casa dos pais que por sinal era F de nome , mas não o F que tanto queria.
Os meses foram passando e mesmo depois de casada o meu F apareceu à minha porta pois não acreditava que eu tivesse dado o nó, só consegui trocar um breve olhar pois quem atendeu não gostou nada.
Eis que num dia de Dezembro de 1976 mais própriamente a catorze nasce o meu filho Paulo Alexandre, a partir daí tudo mudou a razão de tudo era ele e entre altos e baixos consegui manter um casamento por dezassete anos e mais seriam senão fosse ter acontecido uma segunda gravidez em finais de 1992 em que vivi mais um filme de terror do que um estado de graça.
Achando que num casamento de quase dezoito anos e surge uma gravidez em que está tudo bem se pede e se exige um aborto, como justificação de que já não se está habituado a choros de crianças, em que nunca foi comentado nenhuma situação económica até porque nestes anos todos, continuavamos com os meus pais por comodidade dele, senti-me a mulher mais infeliz,uma gravidez que não acompanhou, pois as noitadas eram constantes enfim...
Em junho de 1993 nasceu o Flávio e descobri o porquê do pai não querer que ele nascesse, não era pelo choro era porque tinha outra companheira que por sinal depois teve mais duas crianças, como é lógico pedi o divórcio fiquei com um adolescente e um bebé à minha guarda e o pai nunca cumpriu com o pagamento que o tribunal destinou.
Os avós maternos ajudaram-me, mas os paternos viraram-me as costas inclusivé aos netos, pois o filho fez-lhes a cabeça,...O meu ex foi para o Brasil com a nova familia tinha o meu Flávio um aninho, voltou agora à dois anos abandonou a outra familia, foi viver para casa dos pais , a mãe muito doente foi hospitalizada e esteve faz por esta altura dois anos, o pai com Alzheimer e ele não tratava do pai e ía ao hospital fazer a vida negra à mãe que sofre do coração a ponto de ser proibida a sua entrada pelas enfermeiras, mas isso eu sabia que ele não era boa peça mas...como Deus não dorme a minha cunhada pediu-me ajuda para o tirar lá de casa que a mãe quando regrssa-se não o queria lá e claro eu ajudei, a minha sogra saíu do hospital sem andar esteve acamada de falda ninguém dizia que voltava a andar e eu sempre disse que ela iria andar e o que é certo é que ela melhorou já faz a sua vida normal,claro pediu-me desculpa por ter ido pelas conversas do filho, mas claro ela é mãe e eu também sou e não sou rancorosa.
Bom já vai longa esta passagem e por motivos da história avançei para fazer um ligeiro recuo quando o meu flávio tinha dias...



...continua (xunandinha