sábado, 4 de junho de 2016

Viver de Finjidinho


 

Por vezes a nossa vida não é vivida como queremos,
o chão foge a cem à hora,
uma vida afinal é um faz de conta,
é sentir um burburinho no estômago,
 a vida a escorregar por entre as mãos,
um calafrio,
um balde de água fria,
o sangue a gelar,
onde foi que falhei?
onde foi que errei?
educação dei?
não sei!
penso, penso e repenso,
não sei  o que fazer,
minha vida perder,
já há muito que a perdi, 
ao fim do poço cheguei,
e o raspei raspei,
a pouco e pouco recuperei,
mas nem a meio cheguei,
e logo à depressão voltei,
tanto tempo num sonho,
que era fingido,
bem do jeito destemido,
disfarçado mal sucedido,
a verdade venceu,
e a paixão morreu.



Czardas - Hungarian Romani Josef Szalai

Era uma vez um sonho...