domingo, 25 de dezembro de 2011

O Natal Para Mim




Familia humilde do Norte do País e veio ate´Lisboa,a grande Cidade que pelos anos de 56 a 1960 ,trazia até Lisboa iludidos montes de pessoas muitos só com meio pão embrulhado num trapo que teria que dar até sabe-se lá.
Meu pai arranjou emprego como padeiro e um pequeno quarto, e manda vir a minha mãe,traços saloia,depressa começou a trabalhar como empregada a dias,com a minha chegada em 1960, construiram uma casa de madeira (barraca)e aí veio mais familia, o Avô,primos e até um casal morava connosco e assim seria ,mais fácil dividir as despesas.
´´E Desses Natais que lembro com grande saudade,eu e o meu papá traziamos uma pernadinha de pinheiro,andavamos na rua À procura de pratas de tabaco ou de tablete, para fazer bolinhas enfiar um agulha com linha e fazer bolinhas de Natal,o meu papá punha algodão a fingir neve.
O jantar era o celebre bacalhau com couves e comíamos rabanadas,troca de prendas numca me lembra de haver na minha casa.CLARO HOJE NADA É ASSIM.Este ano foi mais simples ,mas a minha pequenina compreendeu tudo bem, tivemos a nossa ceia e fizemos a nossa troca de presentes ,claro que alguns presentes eu mesmo confecionei e porque não?Deus seja louvado,não apareceu ninguém, mas chegaria com toda a certeza.
Eu vivo para dar e não para receber.

6 comentários:

Romy Almeida disse...

Minha querida... tens sempre uma história linda para contar... e o melhor de tudo é que são histórias de vida.
Obrigada por partilhares estes momentos de nostalgia :)

Um Feliz Natal

angela disse...

A vida é feita de coisas sutis e a alegria dela não está nos grandes feitos e sim nos pequenos gesto dos dia a dia, na partilha e na amizade.
Um grande abraço e que seus Natais sejam sempre cheios desse calor amoroso.
beijos

Bombom disse...

Feliz Natal, Xunandinha!
O teu texto de hoje é um capítulo de uma história de vida que pode vir a fazer parte de um Livro de Contos...
A descrição desses natais, levou-me a recuar também até esses tempos em que fazíamos os brinquedos com latas de sardinhas - com rodas viravam carros, ou com latas de pomada dos sapatos - com cordel viravam balanças, e éramos muito felizes!
Na minha casa também íamos apanhar o pinheiro e o musgo para o presépio e a neve também era de algodão!Nos anos 50 eu já tinha sete anos e lembro-me bem.
Bjs. Bombom

Older disse...

Bom dia, aghradeço sua visita e desejo um Novo Ano com muita Paz e Prosperidade. Seu texto lembrou-me um pouco minha infancia, também com dificuldades, mas nunca sem amor.
Abs e Feliz 2012.

VELOSO disse...

Uma linda história meu Natais teve um pouco disso também o importante não eé ter mas ser. Tudo de bom em tudo em 2012!

Luma Rosa disse...

Pois certo que dá mais valor a tudo que tem! A família é o nosso bem mais precioso!!
Bem sabe que o espírito do natal só permanece em lares onde a fé se estabelece e desejo-te que as bençãos do menino Jesus se espalhem pelo seu lar, trazendo sempre muita paz, alegria, saúde e companheirismo!!
Beijus,