segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O Espelho

Viver dentro de um espelho
Onde ficamos escravos
De memórias más ou menos boas
Que pensamos arquivados,
Mas que por algo se aviva
Nos faz sofrer num silêncio
Numa solidão sem gente
Sem um colo para chorar,
Sem ninguém para falar,
Sem um espelho para olhar.

Uma infância mal vivida,
Nem quero olhar para trás
Mas no meu descontentamento,
Sou um pedaço de carne,
Mal distribuída, mal parida,
Perdida,  sem um ombro amigo,
Pois estou orfã, e doi
Apesar de tudo ainda respiro.

2 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Boa Tarde de nova semana, querida amiga Xunandinha!
Eu também já sinto a dor da orfandade... quando meu padrihho amado se for, não me restará nenhum tio, tia, só de imaginar já me sinto dum jeito estranho.
Querida, leio seu poema lindo com grande compaixão e só lhe digo que se há uma pessoa na face da terra que nos ame, não estamos sós e podemos realizar sonhos e viver um pouco melhor.
Temos filhos, netos e amado do nosso coração juntinho de nós, são amores distintos, claro!
O colo de pai e tias que foram mães para mim, também doi muitíssimo na falta deles agora. Como a compreendo, amiga.
Tenha uma nova semana abençoaada e outonal com reflexões.
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

chica disse...

Lindas tuas bonecas e triste, muito triste o poema. mas nunca estamos sós! Basta olhar pro Alto! beijos,tudo de bom,chica